segunda-feira, 23 de março de 2009

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http://charges.uol.com.br/2008/01/18/cotidiano-muita-injustica/
http://charges.uol.com.br/2009/03/04/cotidiano-aluno-estranho/
Onde será que vamos encontrar profissionais para nosso futuro???Onde será que vamos encontrar um presidente que preste???Onde iremos quando estivermos doentes se não houver médicos???E se não hover policiais que tenham um bom caráter????
A escola não serve e nunca serviu apenas para obter conhecimento,ela forma a personalidade da pessoa,estimula a relação com a sociedade...Um bom profissional não se forma apenas com conhecimento,e sim com conhecimento e cultura.Vamos nos esforçar para melhorar a educação no nosso país.Pois se hoje a educação está assim no Brasil a culpa não é só dos professores e do governo,é também dos alunos que não se esforçam.Vamos,cada um de nós,fazer a nossa parte.
Esse texto eu dedico a todos os professores que fazem da educação apenas uma fonte de renda e não uma forma de mudar o futuro do Brasil;Aos pais que incentivam o filho a tirar DEZ mas não se preocupam com o conhecimento e com a cultura que o filho tem na escola;Aos governantes dessa pátria,para que vejam que a educação pública está cada vez pior.

Uma música de Gabriel O Pensador que representa a fala de um aluno indignado com a educação que tem e com a sociedade em que vive


Estudo Errado - Gabriel O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

domingo, 8 de março de 2009

Lingua Portuguesa

Língua que nascida de latino berço,
último rebento do românico falar,
de Viriato[1], a Lusitânia[2], o chão bruto fecundaste,
e, semente prolífera, tenra árvore viraste.

Bravia, rude, nas primícias te mostraste,
como toda criança que bom trato necessita;
menina-moça te foste a passo edificando,
cos burilos do cultor, bem polida rebrotaste.

Ganhaste viço, graça, encantos, refulgência,
sob lampejos dum Mestre de saber, engenho e arte[3]
e, fina flor dos falares dantanho em evidência,
de cultas letras primas-obras engendraste.

Das exíguas terras lusas, que agrandaram,
te foste para tantas outras novas aportando,
que aqueles bravos navegantes carregaram,
vencendo as lonjuras dos mares, de perigos tantos!

Nos quatro cantos do Universo vicejaste,
eis que, língua erudita, a mor parte dominaste;
mas na “quarta parte nova”[4], especialmente,
em um nunca acabar de opimas terras[5] te espraiaste.

Solos ubérrimos, gentios bravos mas incultos[6],
gente que de pronto, esperta, não se fez ambígua,
já de infindos amores por ti se houveram
e sábio te elegeram, com fervores, brasileira língua.

Sérgio Martins Pandolfo
01/02/2009

Vocabulário

1 caudilho e pastor lusitano que, por longo período, resistiu heroicamente ao domínio romano.
2 Província romana a oeste da Península Ibérica, correspondente, aproximadamente, ao Portugal de hoje.
3 Luís de Camões, o consolidador e modernizador da Língua Portuguesa.
4 a América, nos versos camonianos.
5 o Brasil, com sua imensidão terrena.
6 os naturais e os habitantes do País